quinta-feira, 19 de abril de 2012

Eros e Psiquê - Mitologia Grega (segunda parte)


Percebe-se que desde os primórdios da humanidade, o homem tenta de alguma forma, explicar as origens do mundo e do homem, bem como suas histórias de vida, utilizando-se de símbolos. No caso em questão, temos um mito carregado de conteúdos simbólicos e psicológicos que descrevem uma emocionante história de amor entre Eros e Psique.
Vários aspectos relatados no texto podem ser discutidos aqui, entre eles:
Inveja/Amor/Poder/Posse/Entrega/Confiança/Felicidade/Desconfiança/Dúvida/Medo/Vingança/Tristeza/Depressão/Dor/Culpa/Arrependimento/Provação/Perdão/União/Casamento/Imortalidade/Concretização

Vamos começar falando do AMOR. Existem diversas formas de amor (amor materno, amor físico, amor à Deus, amor à vida...) e nessas diversas formas alguns ítens e  sentimentos listados acima estão envolvidos, dependendo do contexto de vida e estrutura emocional de cada ser humano. Para melhor compreendermos esse assunto, num primeiro momento, vamos imaginar uma linha representativa para o sentimento de amor, como por ex:

AMOR

O AMOR está no centro da linha, digamos que num ponto imaginário de equilíbrio. Os extremos dessa linha representam as extremidades do AMOR, como o excesso de AMOR (egoísmo, narcisismo...) e a falta de AMOR (menos valia, inferioridade...), sentimentos estes que nos colocam em desequilíbrio. O amor em equilíbrio é um amor saudável, é o amor da “alma”. Nesse amor, estão implícitos alguns dos aspectos mencionados acima, dentre eles:
entrega/confiança/felicidade/perdão/união/casamento/imortalidade/concretização...
Já outros aspectos e sentimentos listados fazem parte do amor extremado, também conhecido como o amor do “ego”, tanto para mais, quanto para menos.
Vou me deter aqui ao relacionamento afetivo entre casal, mas num âmbito geral, pode-se transferir os conteúdos para outras formas de amor.
Desde que nascemos, principalmente na cultura ocidental, aprendemos que somos seres inferiores, já que nos ensinaram que existe um “DEUS” superior a tudo e a todos. Começa aqui nosso “primeiro complexo de inferioridade”, sem contar o conteúdo da bagagem que trazemos conosco (experiências passadas...genética...). Aprendemos que devemos ser “obedientes” a “Deus, sem jamais questionar suas intenções, que estarão sempre corretas, mesmo que isso nos incomode muito. Pronto, já nascemos submissos. E por aí vai...Dependendo da bagagem que trazemos, somadas as experiências de vida familiares e meio em que vivemos, vamos redefinindo ao longo da vida nossa forma de amar. Atingir o ponto de equilíbrio no “AMOR” é um trabalho de reconstrução da “alma”, um trabalho árduo, muitas vezes sacrificado, doloroso...e deve ser contínuo. Somos seres em evolução, não somos “perfeitos”, mas devemos buscar sempre nos sentir o mais “confortáveis” diante da “vida”, chegando o mais próximo possível do “ponto de equilíbrio” no amor. Dessa forma, nosso amor ao outro passa a ser um amor quase incondicional. Nesse amor, a entrega é total. Os dois estão juntos porque verdadeiramente se amam de uma forma “saudável”, se respeitam, se ouvem...
Quando amamos em desequilíbrio, buscamos no outro satisfazer falhas que não conseguimos resolver em nossas vidas, “tapando buracos” e nos alimentando da energia do parceiro. Os sentimentos de posse, poder, desconfiança...entre tantos outros, são muito fortes nesse estágio.
O mito de Eros e Psique mostra uma história de amor em evolução, muito semelhante as nossas histórias reais. Eles se apaixonam e se entregam (amor verdadeiro), mas devido à imaturidade afetiva deles, eles se deixam levar por sentimentos do amor extremado, como posse, desconfiança, dúvida, medo...Se separam, sofrem e crescem através da dor, assim como na vida real, vamos amadurecendo através das crises que a vida nos impõe. Temos a opção de querermos ou não assumirmos a “direção” de nossas vidas e nos responsabilizarmos por ela. Eles optam por assumirem suas próprias vidas e tornam-se “pessoas melhores”, mais evoluídas. O perdão se faz necessário e é de alma. Amadurecem. A partir disso, o AMOR que um nutre pelo outro está em equilíbrio, eles tem todos os fatores do UNIVERSO “conspirando a favor”. Então eles eternizam esse amor com o casamento, e a concretização dessa união é o nascimento da filha.
Vamos tentar crescer? Vamos amar verdadeiramente? É o que eu verdadeiramente desejo para vocês. Estou fazendo a minha parte...
Um abraço de alma para alma...

Olga Maria

domingo, 15 de abril de 2012

Saudades!!!

Saudades!!!



Saudades!!! Assim como o amor, saudade é um sentimento que tem implícito muitos outros sentimentos. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão). A saudade sempre está ligada a aspectos positivos, pois só sentimos saudades do que foi bom na nossa vida. Podemos sentir saudades de pessoas, situações, lugares e objetos. Os sentimentos implícitos na saudade podem ir de um extremo a outro, desde ansiedade, angústia, tristeza...ou apenas lembranças de momentos agradáveis, que causam nostalgia, até uma explosão de alegria, quando se consegue concretizar o "objeto" da dor, ou seja, quando conseguimos "matar a saudade".
Não só pela minha experiência e conhecimento como psicóloga clínica, mas até muito mais por experiência pessoal, posso dizer que a maior saudade, aquela que causa maior dor, é a saudade de pessoas que amamos e que já "partiram" desse mundo físico. Essa é uma eterna saudade, que pode ser amenizada com o "tempo" (santo remédio), que na medida em que os anos passam, vai distanciando a saudade (eterna) da dor, deixando as lembranças serem tomadas por sentimentos mais agradáveis.
A "saudade nostálgica"...quando nossas lembranças nos remontam a lugares e situações do passado que foram extremamente boas. Desde que não vivamos em "nostalgia", podemos dizer que essa saudade nos fortalece, pois trazemos os sentimentos positivos do passado e nos preenchemos deles, como um "alimento para a alma".
Saudade de pessoas que estão distantes (lugar) ou que não vemos por um período grande (tempo). Muitos sentimentos podem estar presentes nessa saudade, desde sentimentos que geram muita "dor" até os sentimentos mais agradáveis, dependendo de como cada um de nós lida com seus aspectos internos e experiências de vida relativos a esse tema. Essa "SAUDADE" se torna prazerosa quando temos a oportunidade de concretiza-la, "matando" o objeto da dor.
Quero expressar aqui meus sentimentos prazerosos de saudades por algumas pessoas que já partiram desse mundo físico e que estão sempre presentes no meu coração, trazendo-me lembranças agradáveis sempre...sempre...sempre...
minha avó Ondina...minha irmã Helena...minha prima Ivana e sua filha...meu primo Chico e sua amada...meu tio Leôncio...meu padrinho Miguel...meu cunhado irmão Gordo...minha paciente amiga Regina...saudades eternas de vocês!!!

Sintam se abraçados...de coração...

Olga Maria



quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eros e Psiquê - Mitologia Grega

Psiquê (palavra de origem grega que significa alma, borboleta) era uma linda jovem, que de tão bela era alvo de inveja de outras mulheres, que sentiam-se ofuscadas por tamanha beleza. Vênus (a Deusa do amor e da beleza), não suportando a idéia de estar sentindo-se ameaçada pela beleza de Psiquê, pediu a seu filho Eros (cupido, o Deus do amor) que atingisse Psiquê com suas flechas fazendo-a apaixonar-se pela pior das criaturas. Para a infelicidade de Vênus, Eros enebriou-se com tanta beleza, apaixonando-se por Psiquê, deixando de lançar suas flechas a ela. O pai de Psiquê, preocupado com o futuro da filha, já que suas outras filhas haviam casado com pessoas da alta nobreza, consultou o oráculo de Apólo, que o aconselhou a deixar Psiquê em trajes nupciais, no alto de uma colina, onde ela seria esposada por uma serpente. E assim ele fez. Psiquê, na espera de ser esposada por uma serpente, foi tomada de surpresa por um forte VENTO (Zéfiro, o vento do Oeste), que a carregou adormecida até uma florida planície. Quando acordou, era noite, estava no jardim de um palácio e ouvia uma voz que convidava-a a entrar. Na escuridão, Eros amou-a. Psiquê entregou-se a esse amor, mesmo Eros tendo exigido que ela jamais o veria fisicamente. Assim, por muito tempo ela foi feliz. Um dia recebeu a visita de suas irmãs, que embebidas de uma assombrosa inveja por verem tamanha felicidade, lançaram no coração de Psiquê, o "veneno" da dúvida, dizendo-lhe que ela poderia estar amando um monstro. Aconselharam-na espiar Eros usando um lampião a noite, enquanto ele dormia, e caso fosse ele realmente um monstro, mata-lo com uma facada. Envenenada com a inveja das irmãs, Psiquê o espiou, mas para sua surpresa, Eros era um lindo Deus. Incomodado com o reflexo da luz em seu rosto, Eros acordou sobressaltado e foi embora para sempre, dizendo-lhe que "o amor não pode viver sem confiança". Psiquê então fortemente arrependida de seu gesto, pediu ajuda as divindades, que lhe negaram auxílio porque não queriam desagradar a Vênus. Psiquê então recorreu a própria Vênus, que sentia o prazer da vingança em ver o quanto Psiquê sofria por ter sido abandonada por seu filho Eros. Disse-lhe que a ajudaria, caso ela suportasse viver nas trevas. Desarmada, Psiquê desceu a mais alta escuridão e lá permaneceu sofrendo todo o tipo de humilhações por parte de Vênus, como prova de seu amor por Eros. Este, ao saber de tudo pelo qual Psiquê estava passando, diante de todas as  provações, resolveu lhe perdoar, picando lhe com a ponta de uma flecha enquanto ela estava adormecida. Eros dirigiu-se ao Olimpo e pediu a Jupiter para esposar com Psiquê. Jupiter respondeu dando a ela uma ambrosia e tornando-a um ser imortal. Assim selou-se o casamento entre os Deuses Eros e Psiquê, e desse amor nasceu Volúpia.

Essa  história de amor reflete em grande parte nossas verdadeiras histórias de amor. Penso que podemos interagir através desse mito, abrindo aqui um espaço para discussões. Em seguida retomarei esse texto, procurando descreve-lo com ênfase nos aspectos psicológicos nele contidos, fazendo uma analogia com nossas histórias reais de amor.

Volto em breve!!!

Um grande e caloroso abraço...

Olga Maria

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sincronicidade

Você já pensou em alguém que não via há muito tempo e de repente, do nada, encontrou essa pessoa ou recebeu dela um telefonema? Pareceu uma grande coincidência??? Pois a esse fenômeno dá-se o nome de "sincronicidade". Termo criado por Carl Gustav Yung, para explicar dois acontecimentos simultâneos em diferentes dimensões, que aparentemente não tem uma relação causal, mas que estão interligados. Yung e Einsten eram amigos e discutiam sobre esse assunto. Einstein estudava o fenômeno a luz da Física, e Yung dava ênfase aos processos mentais envolvidos nele. Concluiram que existe uma ligação (da matéria com a não matéria) não causal nesse fenômeno conhecido como SINCRONICIDADE.
Se você já viveu esse fenômeno uma ou algumas vezes e deseja compartilhar suas experiências aqui no blog, sinta-se a vontade. Podemos dar continuidade discutindo sobre esse assunto. Espero vocês.

Um abraço...

Olga Maria


terça-feira, 3 de abril de 2012

Flores para você...



Essas flores são para enfeitar seu lindo dia...um grande abraço...

Olga Maria

Você sabia??? (segunda parte)

Dando continuidade ao primeiro texto Você sabia???, acho importante ressaltar a UNIDADE mente-cérebro-corpo, que apesar de estarem em dimensões diferentes, fazem parte do mesmo ser, que é único em sua totalidade, interagindo com o grande cosmos. Podemos concluir que nossa MENTE é extraordinariamente "sutil" e todo seu imenso conteúdo é o que "realmente" nós temos e somos. Dessa forma, todas as nossas experiências (aprendizado, filosofia de vida, idéias, pensamentos...) são o TODO nesse emaranhado complexo dinâmico chamado "mente". Ou seja, nossa mente se mantém viva, mesmo após a morte do corpo físico. Agora fica a pergunta: Você acha que existe vida após a morte?

Olga Maria